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A Coreia do Sul é o mais recente país a declarar guerra contra os percevejos de cama após um aumento de casos que está alimentando a ansiedade da população.
A onda de infestações ocorre após um surto similar na França. Um especialista alerta que o Japão pode ser próximo.
Autoridades em Seul estão lutando contra o maior surto do país em 40 anos das pestes minúsculas e que picam. Mais de 180 infestações foram registradas nos últimos 3 anos.
Antes disso, houve apenas 9 casos desde 2014. A mídia local apelidou o surto de “bindemia”, uma brincadeira com a palavra coreana para inseto, bindae.
As criaturas de hábitos noturnos e sugadoras de sangue têm uma picada que desencadeia reação alérgica em algumas pessoas, causando vergões que coçam intensivamente.
Percevejos de cama geralmente se escondem em rachaduras e espaços nos móveis durante o dia. Suas capacidades evasivas, junto com a habilidade da fêmea de produzir centenas de ovos, significa que populações podem facilmente explodir.
O ressurgimento na Coreia do Sul ocorre apenas semanas após um surto na França. Vídeos virais dos insetos em trens, ônibus e cinemas no país causaram pânico e levaram a uma resposta imediata do governo, que está disposto a conter a ameaça antes das Olimpíadas de 2024.
Especialistas dizem que um aumento em infestações está geralmente ligado a viagens por pessoas que inadvertidamente carregam os insetos pelas fronteiras em suas roupas e bagagens.
A tendência explicaria as descobertas de especialistas na Coreia do Sul. Eles dizem que os percevejos de cama com os quais eles vêm lutando parecem ser um tipo que não tinham visto antes.
Os insetos podem agora estar a caminho do Japão. Embora Tóquio tenha erradicado amplamente os percevejos de cama nos anos 1970, a associação nacional de controle de pestes detectou recentemente um aumento nos casos. Ela registrou 700 chamadas no ano a partir de abril de 2022.
Masaru Natsuaki, especialista em dermatite relacionada a insetos na Universidade Médica de Hyogo, diz que a principal razão para o ressurgimento global é que os percevejos de cama desenvolveram resistência a inseticidas comuns.
O aumento acentuado em viagens globais após a pandemia de coronavírus também está aumentando a propagação. A combinação desses dois fatores significa que é improvável que o Japão seja poupado, disse ele.
Natsuaki diz que a maioria das pessoas não terá uma reação na primeira picada de um percevejo de cama. Após várias picadas, entretanto, o sistema imune do corpo pode responder com uma reação alérgica.
Os sintomas geralmente surgem poucos dias depois. Embora a coceira acabe dentro de 1 ou 2 semanas, as picadas provavelmente não vão parar, o que significa que há probabilidade do ciclo de sofrimento continuar por algum tempo. Isso é porque os percevejos de cama não são criaturas solitárias, disse Natsuaki. Se você encontrar um é provável que haja muito mais nas proximidades.
Manter um lar livre de percevejos não tem nada a ver com manter a higiene, diz Natsuaki, visto que os insetos podem prosperar mesmo em espaços mais limpos.
Ao invés disso, diz ele, é importante tomar precauções quando viajar, porque a principal maneira que os insetos se espalham é ao serem carregados em malas.
Quando ficar em um hotel, por exemplo, você deve ter o cuidado de não espalhar suas roupas e outros pertences pelo quarto. Mantenha tudo em um saco plástico perto da entrada.
Uma vez que as pestes estão em sua casa, diz Natsuaki, é muito difícil se livrar delas por conta. A melhor ação é chamar um profissional para realizar o controle de pragas.
FONTE Portal MIE
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